sexta-feira, 5 de junho de 2009

A cana e a broinha de fubá


Em 92, depois de construir o Ópera de Arame e criar o Festival de Teatro mais importante do país, Jaime Lenner começou a transformar as salas de espera dos teatros públicos em áreas de convivência cultural. A idéia não deu certo só em Curitiba. Espalhou-se pelo Brasil. Em Campinas ou Fortaleza, por exemplo, as áreas de convivência foram ampliadas para fora dos limites dos saguões e do próprio teatro. São locais de efervescência cultural apropriados para um café, broinha de fubá e para o encontro de público e atores após o termino dos espetáculos. Servem ainda para “cafés filosóficos”, pequenos seminários, debates, lançamento de livros, ou apenas para a broinha de fubá como sonhou o ex-prefeito de Curitiba.
Mas como tudo tem um porém, em Ribeirão Preto, tão carente de espaços culturais, tudo acontece de forma contrária. Quarta passada, o público foi “convidado” a deixar o saguão, de forma constrangedora e pouco educada, no momento em que dialogava com o grupo francês, acompanhado de uma cantora brasileira, que acabara de se apresentar no Teatro Municipal. Ficou ao grupo de artistas e ao público presente uma péssima impressão da capital da cultura. Cultura de cana ao contrário da cultura da broinha de fubá.

2 comentários:

Anônimo disse...

Estava achando o que, que o Teatro é boteco?
Se quiser tomar umas canas, de verdade, desta vez, sugiro qualquer bar de esquina pelo centro da cidade.
Como o senhor bem deve saber, teatro é cultura, e não arroaça.
Arranja o que fazer, ou beber. Como preferir.

Gilson Filho disse...

Não seria arruaça?